Descubra como essas 5 meninas estão mudando o mundo e inspirando a próxima geração de mulheres
Autumn Peltier, Greta Thunberg, Helena Gualinga, Laysa Peixoto e Rayssa Leal são meninas que têm, hoje, entre 15 e 20 anos, mas as atitudes que as tornaram símbolos de transformação já estavam presentes desde o final da primeira infância.
Apesar das barreiras e desafios únicos que tiveram – e ainda têm! – de enfrentar em relação aos meninos, elas acreditaram em si mesmas e em suas habilidades e chegaram aonde sonharam.
Contar suas histórias é uma forma de mudar a narrativa sobre o que é possível para as meninas. Isso ajuda a criar uma sociedade mais justa e igualitária, onde todas as pessoas, independentemente do gênero, possam ter oportunidades iguais de alcançar seus objetivos e potencial máximo.
Conheça agora os feitos dessas 5 meninas-poderosas:
Autumn Peltier é natural da reserva indígena de Wikwemikong, em Ontário, no Canadá. Nascida em 2004, aos 13 anos foi indicada ao Global Children’s Peace Prize, considerado o “Nobel Infantil da Paz”, pelo seu trabalho em defesa da água. A luta de Autumn começou aos 8 anos, inspirada pela tia-avó, Josephine Mandamin, com quem costumava caminhar pelos litorais dos Grandes Lagos, para criar conscientização sobre o uso da água. Desde então, a menina compareceu a eventos para lembrar a comunidade sobre a importância de proteger esse recurso natural tão importante. Em 2018, ao participar de uma assembleia canadense em que entregaria um presente ao primeiro-ministro Justin Trudeau como representação do dever dele de proteger o meio ambiente, ela o repreendeu: “Estou muito triste com as escolhas que você fez”.
Greta Thunberg nasceu na Suécia, em 2003, e se tornou conhecida mundialmente antes mesmo de terminar o colégio. Inclusive, foi na escola, aos 8 anos, que ela ouviu pela primeira vez sobre mudanças climáticas e aquecimento global. Segundo a própria garota, ela ficou tão mal que, aos 11 anos, entrou em depressão profunda e deixou de ir ao colégio. Aos 15 anos, em agosto de 2018, Greta começou a faltar na escola parar protestar, todos os dias, na frente do Parlamento sueco. Sua intenção era manter os protestos até o começo de setembro, época das eleições gerais do país. Estava dado o pontapé inicial da menina como ativista da causa climática.
Helena Gualinga é natural da comunidade indígena Kichwa Sarayaku, localizada em Pastaza, Equador. Nascida em fevereiro de 2002, ela é filha de mãe equatoriana e pai finlandês, e passou a infância entre a América do Sul e a Europa. Ativista indígena ambiental e dos Direitos Humanos, Helena lidera um grupo de jovens que trabalham para proteger a floresta Amazônica e promover a conscientização sobre a importância da preservação do meio ambiente. Em 2020, junto a outros 150 ativistas, Helena foi responsável pela criação do movimento Polluters Out, que pretende impor às Nações Unidas que recusem financiamento de petrolíferas à COP26. Cada vez mais, a jovem tem assumido a denúncia dos efeitos da exploração petrolífera sobre as comunidades indígenas, levando a sua mensagem desde a ONU até às escolas locais.
Laysa Peixoto é brasileira e, em 2021, aos 18 anos, descobriu um asteroide ao analisar o sistema solar em imagens de telescópio pelo computador de casa. Ela se interessou pelo tema quando viu no site da Nasa a campanha de “caça asteroides”, um projeto realizado em parceria com a The International Astronomical Search Collaboration. Para conseguir o feito, Laysa analisou pixel por pixel da imagem e notou algumas características e valores, que enviou em relatório para a Nasa, que comprou a existência do asteroide que, por enquanto, leva as iniciais do nome da menina. Laysa, que estudou em escola pública a vida toda, foi medalhista de prata na 23ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, em 2020, e chegou à final da Competição Internacional de Astronomia e Astrofísica, sendo contemplada com medalha de bronze. Em 2021, a menina foi tripulante da Expedição 36 do curso Advanced Space Academy da NASA, em que foi treinada como astronauta.
Rayssa Leal é a Fadinha do skate. O apelido veio aos 7 anos, quando viralizou uma filmagem em que a menina, vestida de fada, aparecia fazendo manobras com seu skate. O vídeo ganhou o mundo ao ser compartilhado pelo americano Tony Hawk, uma lenda do skate. Natural de Imperatriz, no sul do Maranhão, em 2021, aos 13 anos, a menina participou das Olimpíadas de Tóquio na estreia do esporte na competição e garantiu uma medalha de prata para o Brasil. Como a própria Rayssa fala, o vídeo que a consagrou, feito por sua mãe, era apenas o registro de uma menina sendo livre e independente em cima do skate. Prova maior de que meninas podem ser tudo o que quiserem.