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Quando falar sobre sexualidade com os pequenos?

A resposta para essa pergunta é simples: não existe hora certa. Sexo e sexualidade são assuntos que se manifestam de diferentes formas, ao longo da vida.

Se podemos dizer que existe alguma certeza nessa pauta é que os pais devem ser honestos e objetivos, respondendo às perguntas dos pequenos de acordo com o universo infantil, sem ir além do que foi questionado. Jamais ignore ou fuja da pergunta de uma criança, muito menos a repreenda por querer saber algo. Você não é obrigada a responder na mesma hora, mas acolher a dúvida e sentimentos dela, sim!

Quando a criança percebe que suas dúvidas são respondidas com naturalidade, ela enxerga nos pais uma fonte confiável e afetuosa para trazer novos questionamentos. Em contrapartida, respostas reativas como “isso não é assunto de criança” surtem o efeito contrário, ou seja, quando novas dúvidas surgirem a criança não se sentirá segura em conversar com os pais e, provavelmente, irá buscar suas respostas com outras pessoas ou até mesmo na internet.

Mas, já?

Entre os dois e três anos de idade, as crianças iniciam uma fase de exploração dos genitais. Muitos pais se assustam e ficam sem saber o que fazer. Primeiro de tudo: respire. Isso faz parte do desenvolvimento infantil e não há nada de errado e você não precisa fazer nada, nem proibir nem incentivar. Sem coibir, aproveite esse momento para ensinar a importância da privacidade e o que fazemos só em casa e não em público.

Dúvidas sobre “de onde eu vim”, “como fui parar na barriga da mamãe” ou “diferenças de meninos e meninas” também começam a aparecer. Responda às perguntas de forma simples e objetiva, sem se estender. Se a criança ainda estiver com dúvidas, ela irá perguntar.

Se você treme só de pensar nessa fase, uma dica bacana é lançar mão de recursos como livros infantis sobre o corpo humano, que podem ajudar a explicar a reprodução humana. Conforme a criança vai crescendo, outras questões podem surgir, principalmente, por conta das mudanças no corpo, que abrem as portas para temas como menstruação, ereção, masturbação e o ato sexual propriamente dito. Não se desespere, a regra de ouro continua valendo: responda com honestidade e naturalidade, não vá além do que foi perguntando e reforce a importância do respeito à intimidade e à privacidade.

Prevenção ao abuso infantil

Muitas famílias se sentem extremamente desconfortáveis em conversar sobre sexualidade, principalmente com os filhos pequenos. Apesar de ser um sentimento legítimo, ele precisa ser superado. A melhor forma de prevenir o abuso sexual infantil é capacitar as crianças, desde cedo, sobre o seu corpo.
O primeiro passo é ensinar aos pequenos que seu corpo é privado, ou seja, pertence somente a ele, mas que existem partes que são ainda mais privadas e partes que são íntimas.
Explique que as partes privadas são aquelas que podem ser vistas, mas não podem ser tocadas por qualquer pessoa, por exemplo, boca, pescoço, barriga e coxas. Já as partes íntimas não podem ser vistas, como mamilos (para as meninas), vulva, pênis e bumbum.
Deixe claro para a criança que dentista e médicos podem mexer na boca e nas partes íntimas para examinar, sempre com a supervisão dos pais ou cuidador de confiança, mas que nenhum adulto ou criança pode beijar ou ficar tocando nas partes privadas e íntimas, nem de brincadeira.
Se na escola a barriga começar a doer, a professora pode ver como está. Mas se um adulto quiser “brincar” de só ficar tocando na barriga ou nas coxas, a criança não deve deixar. Enfatize que qualquer toque em qualquer parte do corpo não pode ficar em segredo e nem a deixar com vergonha, triste e com medo.
A criança maior de cinco anos vai entender melhor estes conceitos. Mas, você pode ensinar paras as menores também, assim, elas vão absorvendo aos pouquinhos.
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