A introdução alimentar é um marco importante do desenvolvimento de um bebê, em que a transição gradual da alimentação exclusivamente com leite materno ou fórmula para alimentos sólidos é iniciada
Cada nova fase do bebê é um grande acontecimento familiar. Com a introdução alimentar não poderia ser diferente, afinal, esse é o momento em que aquele pequeno ser começa a fazer parte das refeições em família.
É nesse momento que paira a dúvida: como fazer isso? Existem várias abordagens para a introdução alimentar, cada uma com suas próprias características e recomendações específicas. Neste texto, vamos explorar algumas dessas abordagens para que você possa tomar decisões informadas sobre a alimentação do seu bebê. Porém, a nutricionista materno-infantil Renata Alves dá um spoiler: a melhor abordagem será aquela que seu bebê escolher. “Já tive famílias com verdadeiro pavor ao BLW, mas o bebê só se alimentava se o permitissem conduzir 100% de sua alimentação. Do mesmo jeito, já vi casos de família que se frustrou porque o bebê não tinha o perfil de conduzir sua alimentação”, completa.
Segundo a nutricionista, essa condução do bebê é natural. Você até pode começar por uma abordagem e migrar para outra, caso necessário, ou até mesclar mais de uma abordagem porque o bebê é inteligente para interpretar ambas. “O mais importante, no entanto, é começar a introdução alimentar no tempo certo e de forma respeitosa”, enfatiza a nutricionista Renata Alves.
Método Tradicional de Introdução Alimentar
O método tradicional de introdução alimentar envolve a oferta de alimentos amassados ou em purê para o bebê, a famosa papinha. Apesar de amplamente adotada isso não significa que seja a melhor opção. Nessa abordagem, é importante saber que os alimentos devem ser amassados e não processados em liquidificador ou processador, pois é importante estimular a mastigação, que não só auxilia na digestão, mas também é essencial para o desenvolvimento da fala.
Praticamente todos os alimentos podem ser incluídos nas papinhas, respeitando a tabela de alimentos para garantir uma refeição completa. “O ideal é não misturar os alimentos, mesmo que sejam oferecidos amassados e na colher, porque é importante que a criança conheça os sabores dos alimentos individualmente. Papinhas que misturam diversos alimentos podem mascarar seus sabores e incentivar a seletividade alimentar no futuro”, explica a nutricionista Renata Alves.
BLW (Baby-Led Weaning) ou Alimentação Guiada pelo Bebê
O BLW é uma abordagem mais recente que promove a autonomia do bebê na introdução alimentar. Ao invés de oferecer alimentos amassados, os pais disponibilizam alimentos em pedaços ou bastões, permitindo que o bebê explore sua textura, sabor e aparência. “A ideia é que o bebê seja capaz de se alimentar sozinho, desenvolvendo habilidades motoras e a capacidade de regular sua própria alimentação”, aponta Renata.
Nessa abordagem, é importante garantir que os alimentos estejam cortados e na textura adequada para evitar riscos de engasgo e facilitar que a gengiva amasse o alimento.
Introdução Alimentar Participativa
Essa abordagem envolve a participação ativa dos pais na alimentação do bebê. Os alimentos são amassados ou em purê, como no método tradicional, mas o bebê é encorajado a participar do processo. Os pais podem oferecer uma colher para o bebê segurar ou até mesmo permitir que ele segure a colher e leve-a à boca. Isso promove a interação entre pais e bebês durante as refeições e ajuda a desenvolver habilidades de alimentação independentes.
A escolha da abordagem de introdução alimentar para o bebê é uma decisão pessoal dos pais, levando em consideração as necessidades e preferências individuais. É importante consultar um pediatra ou nutricionista para obter orientações específicas, especialmente se houver preocupações com alergias ou outros fatores de saúde. Independentemente da abordagem escolhida, é fundamental garantir uma alimentação equilibrada e segura para promover um crescimento saudável e um desenvolvimento adequado ao bebê.
