Falar de amamentação é como pisar num terreno arenoso, embora não devesse ser. As mulheres foram forjadas na crença de que para amamentar bastava um peito e um bebê, fácil assim. Mas elas também foram lapidadas na crença da indústria alimentícia de que, em determinando momento, o leite materno se torna fraco, não sustenta, é insuficiente. Então, na tentativa de promover a melhor alimentação aos bebês, o leite materno, as recém-mães foram bombardeadas com a crença de que amamentar era um ato de amor e que todas são capazes de aleitar seus filhos.
Em cada uma dessas crenças há armadilhas. E quem sai perdendo é sempre a mãe e seu bebê.
Precisamos falar que o leite materno é o melhor alimento para o bebê, mas também devemos dizer que, por algum motivo (e eles podem ser de ordens diversas), nem toda mulher conseguirá amamentar seu filho e isso jamais significará falta de amor.
Para dar apoio a essa jornada, conversamos com Jéssica Garrido (@maternareamamentar), consultora em aleitamento CLC®, que desenvolveu 10 dicas para uma amamentação amorosa para o binômio mãe-bebê.
- Estar bem-informada é um direito seu. Dessa maneira você se sentirá mais confiante para tomar as próprias decisões.
- O contato pele a pele na primeira hora de vida aumenta as chances de os bebês amamentarem exclusivamente nos primeiros meses de vida. Busque garantir esse direito para você e seu bebê.
- Tenha em mente que amor, vínculo e relação fazem parte de uma construção diária com o seu bebê.
- Está tudo bem não saber o que fazer em alguns (vários) momentos. A amamentação é um processo de aprendizagem.
- Peito e colo são indutores do sono, relaxantes, analgésicos, fonte de segurança e estabilizadores emocionais para o bebê, portanto, ofereça peito (se possível) e colo (sempre) sem moderação.
- O peito é uma fábrica, e não estoque. Isso significa que peito murcho e que não esguicha leite também tem alimento suficiente para o bebê. A produção se estabelece durante as mamadas.
- Se você sente dor, dificuldades ou dúvidas se o seu leite está suficiente, busque uma consultora de amamentação. Na impossibilidade, busque o banco de leite humano mais próximo da sua residência.
- Não compare. Bebês se desenvolvem de forma individual. Acompanhe o peso do seu bebê de acordo com a própria curva de desenvolvimento.
- Não há luta sozinha: a amamentação é um pacto coletivo. Busque rede de apoio familiar e profissional na sua caminhada. Você merece se sentir segura e acolhida.
- A amamentação também é um processo de confiança. Lembre-se sempre: cada gota importa.
Em tempo: a amamentação é uma excelente construção de vínculo, mas não é a única. O colo também exerce essa função de forma espetacular e, assim como a amamentação, também pode ser uma acolhida não só para o bebê como também para a mãe. Colo nunca é demais. Por isso mesmo que a Jujuba lançou a coleção Literatura de Colo, pensada para a primeiríssima infância – mas que atende a todas as idades. Ler para o seu filho constrói memórias afetivas, acolhe e dá suporte para o seu desenvolvimento.
Gisele Teixeira | 22 de julho de 2022
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Posto LINDO e NECESSÁRIO! Por aqui seguimos com muito colo e PEITO há 2 anos e 4 meses! Nos nutrimos AMBAS nesses momentos. De carinho, de entrega, de olhares, de presença e também de histórias.