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Você conhece todas as possibilidades de partos existentes?

Foi-se o tempo em que para o bebê nascer só havia duas opções, agora, existem diferentes maneiras de uma criança chegar ao mundo.

Antes que sua cabeça dê um nó, a gente explica. Ainda só há duas vias de parto possíveis: vaginal ou extração cirúrgica (cesárea). No entanto, a busca das mulheres por maior protagonismo e respeito no momento de parir abriu um leque de possibilidades para o momento mais singular da gestação: a chegada do bebê.

Cada uma das opções pode ser mais ou menos adequada de acordo com as expectativas e desejos de cada família. Para fazer a melhor escolha, é importante se municiar de informação e buscar uma equipe que compactua com os anseios da família para o parto. Porém, para que a experiência seja positiva, é essencial que a opinião e a vontade da mulher sejam acolhidas e respeitadas em todas as etapas, mesmo quando há imprevistos.

Confira os detalhes das possibilidades de parto a partir de suas vias de nascimento:

Cesárea

A cesariana é um procedimento cirúrgico, em que uma incisão é feita no abdômen da mulher, para que o bebê seja retirado. A cesárea eletiva ocorre quando a mulher escolhe a cirurgia por vontade própria ou quando existe alguma condição gestacional que coloca em risco a saúde do bebê e/ou da mãe.

Cesárea humanizada

O objetivo é humanizar a assistência ao nascimento na cesariana, principalmente para diminuir o trauma da mulher que gostaria de um parto normal, mas vai precisar de uma cesariana. Assim, as doulas também podem fazer parte desse momento, as luzes do centro cirúrgico são diminuídas, é possível colocar música e promover um nascimento suave.

Parto vaginal

Como o próprio nome sugere, indica o nascimento por via não cirúrgica. A recuperação da mulher é mais rápida e, normalmente, o bebê pode ir diretamente para os braços da mãe e ser amamentado logo após o parto. Esse tipo de nascimento oferece aos pequenos menos chance de problemas respiratórios, pois as contrações da vagina fazem com que os bebês expulsem qualquer líquido retido nos pulmões, além de terem contato com bactérias que ajudam no fortalecimento do sistema imunológico, na passagem pelo canal vaginal. Vale dizer que partos vaginais podem ocorrer em casa, hospitais e casas de parto.

Parto natural

A via de nascimento permanece vaginal, porém, sua alcunha de natural se refere à ausência de intervenções médicas, como episiotomia, uso de fórceps, indução com ocitocina sintética ou outros medicamentos, como anestesia ou analgesia. Para o alívio da dor, a mulher pode fazer uso de métodos naturais como massagem, aromaterapia, água quente etc. 

Parto humanizado

A principal característica desse tipo de parto é ter uma equipe atenta ao plano de parto e aos desejos da gestante, além de promover seu conforto durante todo o processo. Intervenções como indução, anestesia e fórceps podem estar presentes, desde que necessárias e autorizadas pela mulher. Normalmente, é realizado em hospitais ou casas de parto, em um ambiente acolhedor e silencioso.

Parto domiciliar

Versão do parto vaginal em que o bebê nasce em casa. Normalmente, é planejado com uma equipe de assistência experiente nesse tipo de parto e formada por obstetrizes ou parteiras.

Parto na água

Nessa possibilidade de parto, o bebê nasce via vaginal dentro de uma banheira ou piscina de plástico cheia de água morna. Pode ocorrer tanto em ambiente hospitalar, quanto domiciliar e em casas de parto.

Parto de cócoras

O bebê nasce via vaginal, mas a mulher pari agachada, posição que permite melhor abertura do períneo e facilita a saída do bebê. Geralmente, ocorre em partos domiciliares ou humanizados em ambiente hospitalar ou casa de parto.

Parto de lótus

A chegada do bebê também é via vaginal, porém, após o nascimento, o bebê se mantém conectado à placenta até que o cordão se desprenda naturalmente do umbigo. Esse processo pode levar cerca de uma semana, o que requer cuidados em relação ao odor da placenta e a logística da amamentação. Vale dizer que esperar o cordão parar de pulsar para fazer seu desligamento, em torno de 3 minutos depois do parto, diminui o risco de anemia para o bebê. Porém, além desse tempo não há benefícios comprovados cientificamente.

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