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Angústia da separação: quando a dupla mãe e bebê se dão contam que são pessoas distintas

Aprenda a ajudar seu bebê a superar a angústia da separação.

No início da vida, a mãe é a responsável por fazer a conexão do bebê com o mundo, da mesma forma em que, naquele momento, o bebê também pode representar para a mulher uma extensão de si mesma. Esse fenômeno faz com que os bebês sintam que ambos são a mesma pessoa. Porém, em algum momento, entre o sexto e o nono mês, eles começam a entender que são pessoas distintas.

Essa fase, chamada de angústia da separação, é marcada por muito choro toda vez que a mãe se afasta, porque, para o pequeno, é como se ela sumisse ao sair de seu campo de visão.

Buscar apoio no universo do brincar é uma excelente saída para ajudar o bebê a entender que a mãe existe – e não deixará de existir – mesmo que não possa ser vista. Para isso, a brincadeira do cadê-achou é perfeita, pois, a mãe se esconde e, em poucos segundos, retorna. Outra dica bacana é rolar uma bola, o movimento demonstra que as coisas vão e vêm, como o dia e a noite.

Apesar de não ser esse o seu papel principal, a literatura também pode ser um apoio para esse momento delicado. O livro “Boa Noite”, de Carolina Moreyra e Odilon Moraes, que compõe a coleção Literatura de Colo, da Jujuba, conta o que Bia e o Elefante fazem quando é chegada a hora de dormir: os personagens vão se despedindo dos objetos que, simbolicamente, sumirão durante o sono, porém, estarão ali, no mesmo lugar quando despertarem. Uma ótima alusão à mãe que pode se ausentar por um breve período, em que o bebê não poderá vê-la, mas que irá retornar ao seu encontro.

É interessante saber que a angústia da separação é uma experiência que pode estar presente em diferentes momentos, ao longo do desenvolvimento infantil. Isso significa que, apesar de ter início entre os 6 e nove meses, essa fase pode se estender até os quatros anos de idade, em picos de maior ou menor intensidade.

Com o tempo e o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais, a criança começa a lidar com a separação de forma mais tranquila. No entanto, em alguns casos, a angústia da separação pode afetar seu bem-estar emocional. Se isso acontecer, a ajuda de um psicólogo infantil é importante.

O que fazer?

Lidar com a angústia da separação pode ser desafiador, tanto para os pais quanto para as crianças. Por isso, aqui estão algumas estratégias que podem ajudar a tornar esse processo mais suave:

  1. Construa um vínculo seguro: invista em momentos de afeto e cuidado, como brincadeiras, banhos e rotinas de sono, para fortalecer o vínculo e a confiança mútua.
  2. Fale sobre a separação: não importa a idade da sua criança, converse com ela sobre essa ausência temporária. Explique de forma simples e clara o motivo da separação, o que vai acontecer e quando a criança poderá revê-la.
  3. Objetos afetivos: para crianças mais novas, oferecer um objeto de conforto, como uma manta, um bicho de pelúcia ou algo que represente o elo entre mãe e filho pode ajudar a acalmar a angústia da separação.
  4. Prepare o pequeno para esse momento: fale sobre os planos, mostre fotos ou vídeos do local onde a criança ficará e explique o que ela poderá fazer durante o tempo de separação. Essa dica funciona melhor com crianças mais velhas, com maior poder de compreensão.
  5. Mantenha a rotina: manter a rotina diária da criança pode ajudar a proporcionar um senso de segurança e previsibilidade, que pode ser reconfortante durante o período de ausência materna.

 

Lembre-se: a angústia da separação é uma fase normal do desenvolvimento infantil e cada criança terá um ritmo e uma maneira diferente de lidar com ela. 

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