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Outono: saiba como proteger e cuidar da saúde dos pequenos

A chegada do outono e do inverno traz consigo dias mais frios e secos, o que aumenta a disseminação dos vírus responsáveis por doenças respiratórias e, neste cenário, bebês e crianças pequenas são um grupo particularmente vulnerável

Mães e pediatras já sabem: durante o outono, uma variedade de doenças respiratórias, incluindo gripe, resfriado, rinite, pneumonia e, mais recentemente, a Covid-19, inicia seu período de maior transmissão. Crianças em idade escolar enfrentam um risco elevado de contágio por causa de comportamentos típicos da idade, como levar as mãos à boca, além da interação com os coleguinhas.

As doenças respiratórias são mais comuns durante o outono e o inverno por causa da queda na umidade relativa do ar, típica dessas estações. Com o ar mais seco, as partículas virais permanecem suspensas por períodos mais longos, o que aumentam as chances de contágio. Para somar a essa equação temos o frio e a chuva, que levam as pessoas a manterem os ambientes mais fechados, o que contribui significativamente para a propagação de vírus.

Doenças de outono

Nessa época do ano, gripes e resfriados são bem comuns entre as crianças, e não é difícil achar que é tudo a mesma coisa. Apesar de terem alguns sintomas que se parecem muito, na verdade, são problemas diferentes e cada um precisa de um jeito certo de cuidar. Até as alergias entram nessa confusão.

Mas como saber a diferença? Mesmo que os sintomas sejam parecidos, o que muda é o motivo por trás deles, que pode ser por diferentes tipos de vírus ou até bactérias. Entenda a diferença entre as doenças:

Resfriado: quando a criança começa a ficar quietinha, chorosa e sem vontade de brincar, muitas vezes é sinal de que pegou um resfriado. Ficar abatido é um dos primeiros indícios, além disso, os sintomas mais comuns incluem espirros, nariz escorrendo, congestionamento e tosse. O resfriado vem de um vírus, sendo o adenovírus e o rinovírus os mais típicos causadores. Normalmente, o resfriado melhora em até duas semanas. Vale lembrar que ainda não há vacina contra os vírus do resfriado, então manter a limpeza e evitar lugares muito cheios são cuidados essenciais para não se infectar.

Gripe: a gripe derruba os pequenos com mais força que o resfriado. A febre alta se estabelece e dor de garganta, irritação, falta de ar e dor de cabeça também costumam estar presentes. Normalmente, a melhora dá as caras em até 5 dias, especialmente depois que a tosse começa a expelir o catarro. Mas, lembre-se: a gripe pode se agravar e virar pneumonia se não receber o cuidado correto. Descansar bastante e beber muita água são essenciais para combater a gripe. A melhor maneira de se prevenir contra a gripe é tomando a vacina contra o vírus influenza.

Alergias: para crianças que têm rinite, as crises alérgicas são mais surgem nas épocas mais frias. Espirros frequentes e tosse seca são sintomas típicos de uma reação alérgica, que, junto com o nariz escorrendo e certo cansaço, podem ser confundidos com a gripe. Porém, nas alergias, é comum que a criança tenha também os olhos lacrimejantes e, diferentemente da gripe, não tenha febre.

Nos meses mais frios, não se pode esquecer também do aumento na incidência de bronquiolite, uma infecção viral que afeta os bronquíolos, as menores vias aéreas nos pulmões, causando dificuldade respiratória. É mais comum em bebês e crianças pequenas e merece atenção especial.

O contágio dessas doenças ocorre principalmente pelo ar, por meio de gotículas expelidas por uma pessoa infectada ao tossir, espirrar ou mesmo falar. O contato com superfícies contaminadas também é uma forma de transmissão. Por isso é tão importante ensinar as crianças a lavarem as mãos com constantemente, não levarem objetos à boca, nem trocarem chupetas, mamadeiras, copos e canudos com os coleguinhas – uma missão, muitas vezes, quase impossível, não é mesmo?

Como cuidar dos pequenos

  1. Mantenha a calma: é importante encarar esse período e suas possíveis doenças com tranquilidade, evitando o pânico. A maioria das doenças respiratórias tem uma evolução benigna e pode ser tratada em casa.
  2. Hidratação e alimentação: garantir que a criança esteja bem hidratada e receba uma alimentação rica em nutrientes é essencial para fortalecer o sistema imunológico.
  3. Reconheça os sintomas: aprenda a diferenciar os sintomas de doenças mais graves, que exigem atenção médica imediata, daquelas que podem ser cuidadas em casa. Febre alta persistente, dificuldade para respirar, ou recusa alimentar são sinais de alerta.
  4. Febre: a febre é uma resposta natural do corpo à infecção e ajuda a combater o agente causador da doença. Entender que a febre é parte do processo de cura é fundamental. No entanto, febres muito altas ou prolongadas merecem atenção.
  5. Evite correr para a emergência: muitas vezes, o ambiente hospitalar pode expor ainda mais a criança a agentes infecciosos. Avalie os sintomas e, se necessário, consulte o pediatra por telefone ou marque uma consulta antes de decidir ir ao hospital.
  6. Ambiente: manter a casa limpa e bem ventilada reduz a concentração de vírus e bactérias no ambiente, diminuindo as chances de contágio.
  7. Vestimenta adequada: as crianças devem ser vestidas de forma apropriada para a estação, evitando superaquecimento ou frio excessivo.

Sinais de alerta

Se a criança estiver com uma febre leve, mas parece muito cansada, não quer comer, brincar ou sorrir, e ainda por cima chora muito, fica irritada fácil ou dorme demais, então é hora de procurar o pronto socorro.

Fique de olho também se a doença trouxer problemas sérios como dificuldade para respirar, uma febre que não abaixa com remédio, ou que dura mais de quatro dias. Se a febre passar, mas voltar dois dias depois e mais forte, isso pode significar que uma infecção simples virou algo mais grave, como uma otite depois de uma gripe.

Outros motivos para se preocupar: a criança não quer beber nada ou mamar, está vomitando direto, tem manchas na pele que não somem ao esticá-la, moleira inchada, ou se parece desidratada – o que pode ser notado pela moleira mais funda, a boca e os olhos secos, a saliva grossa, a pele sem elasticidade, pouca urina e de cor mais escura.

Bebês com menos de três meses que estão com febre precisam ser vistos por um médico de imediato. E se um bebê com menos de seis meses estiver com febre e caidinho, também não dá para esperar – é preciso ir ao médico logo!

Não tenha medo da rua

Levar as crianças para brincar lá fora, especialmente no outono, faz um bem danado para a saúde delas, principalmente em épocas de incidência de doenças respiratórias. O ar fresco e limpo ajuda a melhorar a função pulmonar, proporcionando alívio aos pequenos, especialmente se estiverem se recuperando de uma doença respiratória.

Tomar um solzinho e estar ao ar livre também fortalece o sistema de defesa do corpo, além disso, brincar fora de casa diminui a chance de transmissão de vírus respiratórios quando comparados a espaços fechados.

Correr e brincar lá fora não só deixa os pequenos mais fortes fisicamente como também mais felizes. A luz do dia ainda ajuda todo mundo a dormir melhor à noite, o que é essencial para se recuperar de qualquer doença e ficar saudável.

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