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Dica de passeio: visite uma biblioteca!

O título desse texto te surpreendeu? Esperamos que não, mas se você foi surpreendido, tudo bem, nem todo mundo imagina que levar as crianças para conhecer uma biblioteca pode ser um passeio incrível. 

Aliás, podemos fazer uma provocação? Por que será que nos lembramos ou nos importamos de frequentar museus, mas não encaramos as bibliotecas da mesma forma?

Por aqui temos um palpite: talvez isso aconteça porque com a facilidade atual de acesso aos livros, inclusive por meios digitais, colocamos a biblioteca naquela caixinha que pertence ao ambiente escolar. 

A grande verdade, no entanto, é que as bibliotecas são tesouros tal qual os museus. Elas contam histórias incríveis, que começam em seu projeto arquitetônico, passam por seu planejamento, construção e manutenção de seu acervo e desembocam em estantes recheadas de livros de todos os tipos. Não existe outro lugar, senão nas bibliotecas, que livros de diferentes gêneros, tempos e espaços se encontrem em vasta quantidade e qualidade.

Outra grande vantagem das bibliotecas: elas proporcionam momentos de silêncio extremamente significativos. Para os adultos, pode ser aquela pausa tão necessária, o momento em que poderá estar consigo mesmo, sem interrupção. Já para as crianças, é um exercício incrível de paciência e respeito com o próximo, afinal, o silêncio não é só para nós, mas para os outros também. Mas também há as bibliotecas em que o silêncio não é uma regra e tem deliciosas programações para as crianças.

 

Por que levar as crianças à biblioteca?

Como dito ali em cima, por todo o Brasil, há bibliotecas que contam histórias maravilhosas sobre seu surgimento. Cada espaço possui seu próprio acervo e por mais que seja possível encontrar livros iguais em bibliotecas diferentes, é muito mágico para as crianças percorrer por esses diferentes espaços em busca de um título querido e não tão facilmente encontrado. Aliás, é muito provável que você encontre por ali aquele seu livro de infância, que tanto te marcou e que gostaria de mostrar ao seu filho, mas não o tem mais. 

A grandiosidade das bibliotecas encantam as crianças. Os pequenos também desenvolvem autonomia ao circularem pelas prateleiras e escolherem sozinhos o livro que vão querer ler.

E as vantagens não param por aí: ao frequentar uma biblioteca, a criança desenvolve o compromisso de cuidar do livro que não é dela e precisa ser devolvido intacto. Também aprende sobre a noção do tempo, afinal, cada exemplar tem um prazo para estar de volta ao seu lugar.

Por último, a cereja do bolo fica por conta das bibliotecas que possuem área exclusiva para literatura infantil e infantojuvenil, algumas, inclusive, promovem eventos como contação de histórias e conversas com autores.

Depois de toda essa defesa das bibliotecas como um excelente passeio com as crianças, veja só essa lista incrível de bibliotecas para você visitar com sua família:

 

São Paulo

Biblioteca Mário de Andrade: fundada em 1925 e é a segunda maior biblioteca do País. O edifício foi projetado pelo arquiteto francês Jacques Pilon e é considerado um marco da arquitetura moderna de São Paulo. Seu acervo conta com uma coleção de obras raras com mais de 40 mil volumes de livros, 20 mil periódicos e 10 mil outros documentos, incluindo manuscritos, álbuns de fotografias originais, gravuras, desenhos, cartões-postais e moedas. O espaço também costuma sediar eventos como leituras dramáticas, oficinas e até exibição de filmes gratuita.

Biblioteca Infantojuvenil Monteiro Lobato: fundada em 1936 como parte de um amplo projeto de incentivo à cultura e idealizada por Mario de Andrade, é a mais antiga biblioteca infantil em funcionamento no Brasil. Apesar de ser voltada para o público infantil, a Biblioteca Monteiro Lobato é destino essencial para qualquer um apaixonado por livros. 

Biblioteca Alceu Amoroso Lima: fundada em 1979, desde 2006 traz programação e acervo dedicados especialmente à poesia. A bela arquitetura do prédio foi projetada com a ajuda de bibliotecários.

Bibliotecas do Centro Cultural de São Paulo: possui vários ambientes e diversas bibliotecas, além da famosa gibiteca. Ao todo, são seis bibliotecas e coleções especiais que, juntas, possuem um acervo de cerca de 120 mil livros e documentos. A Biblioteca Pública Municipal Louis Braille, por exemplo, é planejada e equipada para atender pessoas com deficiência visual e conta, portanto, com livros em braile e audiolivros.

Biblioteca de São Paulo: inaugurada em 2010, em Santana, na Zona Norte, possui mais de 4 mil metros quadrados de área e 35 mil itens que agradam todos os tipos de leitores. O espaço esteve entre as finalistas do Prêmio de Melhor Biblioteca do Mundo, promovido pela Feira do Livro de Londres em Associação dos Editores do Reino Unido.

Biblioteca do Parque Villa-Lobos: inaugurada em 2014 e localizada dentro do parque de mesmo nome, ocupa quatro mil metros quadrados e tem um acervo constantemente atualizado de livros, revistas, jornais, audiolivros, entre muitas outras opções. O espaço conta com ludoteca e sala de jogos eletrônicos, além de ambientes confortáveis dedicados especialmente à leitura.

 

Rio de Janeiro

Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro: junto com a chegada de D. João VI ao Brasil, desembarcaram cerca de 60 mil peças entre livros, manuscritos, mapas, estampas, moedas e medalhas. Esse acervo constitui parte da Biblioteca Nacional, que abriu suas portas ao público em 29 de outubro de 1810. Atualmente ela conta com aproximadamente 9 milhões de itens e foi considerada pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) como uma das principais bibliotecas nacionais do mundo, além de ser a maior do país. Lá ainda é possível encontrar laboratórios de restauração e conservação de papel, oficina de encadernação, centro de microfilmagem, fotografia e digitalização.

Real Gabinete Português de Leitura: é aqui que está o maior acervo de obras de autores portugueses fora de Portugal, contendo 350 mil volumes. A biblioteca recebe de Portugal, pelo estatuto do depósito legal, um exemplar das obras publicadas no país. O local também tem uma seção de obras raras, entre elas está a edição prínceps – termo utilizado para a primeira edição de uma obra – de Os Lusíadas, de 1572, que pertenceu à Companhia de Jesus; e as Ordenações de Dom Manuel por Jacob Cromberger, editadas em 1521.

Paraná

Biblioteca Pública do Paraná: fundada em 7 de março de 1857, possui um acervo de cerca de 600 mil volumes entre livros, periódicos, fotografias e materiais multimídia. Também conta com uma programação cultural que promove a exibição de filmes e oferece oficinas de criação literária. 

 

Brasília

Biblioteca Nacional de Brasília: pensada junto com o plano original de Brasília, assinado por Lúcio Costa no final dos anos 1950, quando o urbanista projetou a capital federal junto de Oscar Niemeyer e outros arquitetos. Aberta ao público desde 2008, o local contém 40 mil exemplares de diversas áreas do conhecimento para empréstimo. Além disso, há uma programação que promove eventos culturais como exposições e palestras gratuitas.

Amazonas

Biblioteca Pública Estadual do Amazonas: localizada em Manaus, foi fundada em 1870 e inaugurada em 1910. Inicialmente funcionou apenas com 1200 volumes e hoje o visitante pode encontrar mais de 32 mil obras raras, 35 mil volumes e 30 mil jornais para consulta.

Acre

Biblioteca da Floresta: localizada em Rio Branco, é especializada em assuntos e autores da Amazônia e do Acre, reúne informações sobre meio ambiente e sustentabilidade. Além de divulgar pesquisas e fazer a ponte entre conhecimento científico e os povos da floresta, o local abriga exposições permanentes sobre os indígenas do Acre e o Zoneamento Ecológico-Econômico. A Biblioteca promove, também, diversos debates relativos à Amazônia, ao Acre e ao desenvolvimento sustentável, os quais reúnem pesquisadores, especialistas, seringueiros, estudantes, índios, gestores públicos e interessados.

Salvador

Biblioteca Infante D. Henrique: constam aproximadamente 25 mil volumes, entre livros, folhetos e periódicos. As obras de maior expressão são da categoria de história, geografia e literatura de Portugal e do Brasil. O edifício sede da Biblioteca é o Gabinete Português de Leitura de Salvador, de estilo arquitetônico Neomanuelino. O prédio foi projetado entre 1912 e 1915 pelo arquiteto italiano Alberto Barelli e inaugurado em 1918. O prédio apresenta em sua fachada elementos que remetem à nação portuguesa e as grandes navegações.

Fonte da descrição das bibliotecas: Guia da Semana e Casa e Jardim

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