A festa mais popular do Brasil é uma oportunidade para as crianças se divertirem e se apropriarem desse espaço coletivo
O Carnaval, festividade vibrante e repleta de cores, vai além da alegria efêmera e dos desfiles exuberantes. Essa celebração popular ressurge como uma plataforma poderosa para reavivar a importância do brincar nas ruas, resgatando, assim, um aspecto fundamental dos direitos das crianças.
Com a transformação do cenário urbano, as crianças foram perdendo a vez na ocupação das ruas. O Carnaval, com seus blocos infantis, surge como um refúgio temporário desse ambiente, incentivando crianças e adultos a se reconectarem com a tradição de brincar nas ruas.
O direito de brincar, consagrado pela Convenção sobre os Direitos da Criança, é essencial para o desenvolvimento saudável e integral dos pequenos. Nesse contexto, o Carnaval emerge como um catalisador, que nos lembra da importância de espaços públicos seguros, em que as crianças podem exercitar sua criatividade, sociabilidade e imaginação.
Ao percorrerem as ruas em blocos e fantasias, os pequenos experimentam a liberdade de expressão, aprendem a respeitar diferenças e fortalecem laços comunitários. O Carnaval não apenas proporciona momentos de diversão, mas também incute valores essenciais, como o respeito ao próximo e a aceitação da diversidade.
Além disso, a festividade contribui para a construção de memórias afetivas, nutrindo um senso de pertencimento e identidade cultural. A folia nas ruas não é apenas uma forma de entretenimento, mas uma expressão viva da cultura, transmitida de geração em geração.
Durante o Carnaval, ao ocupar as ruas com os blocos infantis e os pequenos foliões, reafirmamos os direitos das crianças à cidade e ao espaço público. Este retorno às ruas é um lembrete vivo de que as cidades devem ser projetadas para acolher e promover a infância, oferecendo oportunidades para a brincadeira, a interação social e o florescer saudável das futuras gerações, que merecem resgatar o valor inestimável do brincar nas ruas.
