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Quando o corpo fala: livros que ajudam as crianças a entender o que sentem

As histórias podem ser ponte para ajudar os pequenos a nomear emoções, identificar sensações físicas e compreender seus próprios sentimentos

Você já percebeu como as crianças demonstram o que sentem mais pelo corpo do que pelas palavras? Elas choram, se encolhem, fazem cara feia, batem o pé, se escondem debaixo da mesa…

Quando as crianças ainda não têm o vocabulário emocional desenvolvido, o corpo assume o papel de mensageiro. É bem aqui que entra a importância de ajudar os pequenos a traduzir essas sensações em palavras.

A verdade é que nem sempre é fácil entender os sentimentos. Se para os adultos já é difícil, imagina para os pequenos que estão começando a descobrir o mundo – e a si mesmos! Nesse processo, a leitura pode ser uma grande aliada, como um grande espelho que ajuda a reconhecer o que está acontecendo por dentro e também como uma ponte para conversar com quem está por perto.

Um ótimo exemplo disso é o livro Pedro vira porco-espinho, escrito e ilustrado por Janaina Tokitaka, e editado por nós. A história acompanha Pedro, um menino que se transforma em porco-espinho quando fica chateado ou é contrariado. A cada virar de página, as crianças podem observar o que leva Pedro a mudar de humor e, assim, a entender o que acontece com suas próprias emoções, em situações muito parecidas.

Pedro vira porco-espinho é uma poderosa metáfora sobre como as emoções afetam o corpo e o comportamento. Esse livro convida a criança a perceber como os sentimentos podem aparecer na forma de reações físicas.

Quando oferecemos livros como esse, abrimos espaço para conversas importantes com os pequenos sobre o que eles sentem quando estão com raiva, como o corpinho reage quando estão nervosos e o que pode ajudar a se calmar.

Essa conversa, conduzida com carinho e escuta atenta, ajuda a criança a entender seus sentimentos, nomeá-los e a desenvolver sua inteligência emocional.

Além de Pedro vira porco-espinho, há muitos outros títulos que cumprem esse papel de dar forma aos sentimentos. Livros que falam sobre tristeza, medo, vergonha, frustração, alegria, entusiasmo… E também como tudo isso pode acontecer dentro de um mesmo dia ou de uma mesma criança.

Aprender a reconhecer os próprios sentimentos, nomeá-los e expressá-los de forma saudável é uma habilidade que precisa ser cultivada desde cedo. Crianças que desenvolvem esse repertório emocional tendem a ter mais facilidade de se comunicar, resolver conflitos e lidar com frustrações. E o corpo agradece: quando os sentimentos encontram caminhos de expressão, eles não precisam explodir em forma de grito, dor de barriga ou espinhos imaginários.

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