Ler pode ser uma delícia para as crianças desde que o contato com os livros aconteça de maneira leve, sem cobranças ou pressão.
Criar o hábito da leitura em casa é como plantar uma semente: precisa de tempo, cuidado e, principalmente, amor. Quando a leitura se torna parte do cotidiano de forma leve e afetiva, as crianças aprendem a ver os livros como amigos – e a chance de levar esse gosto para toda vida aumenta.
Mais importante do que quantos livros a criança lê por semana é o sentimento que ela desenvolve em relação à leitura. Sentimentos de alegria, curiosidade e liberdade são o que constroem leitores de verdade.
Para te guiar nessa jornada de formação de pequenos leitores, elencamos 7 dicas práticas para cultivar esse hábito em casa, sem tornar a leitura uma cobrança. Vem com a gente!
- Dê o exemplo: se você é leitora assídua do nosso blog, já sabe que falamos isso o tempo todo – e vamos continuar repetindo ad aeternum: as crianças aprendem muito mais pelo que veem do que pelo que ouvem. Se os adultos da casa têm o hábito de ler, é natural que os pequenos se interessem também. Não precisa ser apenas livros, vale jornal, revista, receita, manual de montagem… Tudo isso mostra que a leitura faz parte da vida. Portanto, reserve pequenos momentos do seu dia para ler algo de que você goste, e deixe que a criança perceba esse interesse genuíno. Quando a leitura é vista como algo prazeroso pelos adultos, ela se torna mais convidativa para as crianças.
- Crie um ambiente favorável: ter livros por perto facilita o acesso e a curiosidade. Monte um cantinho da leitura em casa, com uma estante baixa, uma caixa decorada ou uma prateleira no quarto da criança. Deixe os livros ao alcance das mãos e não exija um cuidado exagerado, afinal, livros são para serem manuseados e descobertos – isso é outra coisa que falamos muito, não é mesmo? Você também pode variar os títulos disponíveis, alternando entre livros novos e antigos, trazendo temas diferentes e que vão de encontro aos interesses da criança.
- Respeite o ritmo da criança: nem todo dia a criança vai querer ler, às vezes, ela vai querer folhear, olhar as ilustrações, ou até pedir para que você leia uma história pela milésima vez. Outras vezes, pode preferir brincar. O importante é que a leitura esteja disponível como uma opção prazerosa, e não como uma obrigação diária. Respeitar esse ritmo e interesse é fundamental para que o hábito se construa de forma genuína, sem pressão.
- Torne a leitura um momento de afeto: ler junto pode ser um momento de conexão. Escolha um horário tranquilo, sem pressa, e sente-se ao lado do seu filho para explorar uma história. Pode ser antes de dormir, depois do banho, ou em um cantinho especial da casa. Use vozes diferentes para os personagens, faça perguntas sobre a história, incentive a criança a criar novos finais. Isso torna a experiência ainda mais divertida e afetuosa.
- Dê liberdade de escolha: permita que a criança escolha o que quer ler, mesmo que não seja o que você escolheria. Gibis, livros com figuras, revistas infantis, livros de rimas ou até livros que parecem “bobos” para os adultos: tudo vale – até bula de remédio! Quando a criança sente que tem autonomia sobre suas escolhas, ela se envolve mais. Também vale levar a criança a livrarias, bibliotecas e feiras de livros para que ela explore os diferentes tipos de literatura disponível.
- Valorize cada pequena conquista: se a criança leu uma palavra nova, folheou um livro sozinha, contou para alguém a história que ouviu, celebre! Pequenos avanços mostram que ela está se conectando com a leitura do seu jeito. Evite corrigir ou criticar erros durante a leitura, porque pode gerar insegurança. O foco deve ser sempre no prazer da descoberta, e não na perfeição.
- Amplie o universo das histórias: livros são uma grande porta para outros mundos. Depois de ler uma história, vocês podem fazer uma brincadeira inspirada no livro, desenhar os personagens, montar uma peça de teatro, criar uma continuação da história ou até cozinhar uma receita inspirada no que leram. Assim, a leitura se integra a outras experiências da vida e mostra que os livros podem ser fontes inesgotáveis de diversão e aprendizado.
